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LEGALIZAÇÃO DO ABORTO JÁ! | Médica de MG cria primeiro serviço de aborto legal por telemedicina do Brasil

Com a lei que autoriza o serviço de telemedicina, a médica Helena Paro, por meio da Universidade Federal de Uberlândia, desenvolveu projeto para oferecer o serviço de aborto para os casos considerados hoje legais.

sexta-feira 9 de abril de 2021 | Edição do dia

Foto: BBC News

Com a pandemia, o serviço de aborto legal coordenado pela ginecologista e obstetra Helena Paro no Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG) foi ameaçado, dado que não era considerado pelo governo um serviço essencial.

Com isso, a médica começou a desenvolver um projeto para realizar interrupções de gravidez à distância, seguindo exemplos de outros países como os do Reino Unido e os EUA.

O serviço é oferecido pelo Nuavidas (Núcleo de Atenção Integral a Vítimas de Agressão Sexual) e faz parte da UFU (Universidade Federal de Uberlândia).
A equipe quer agora estender o projeto para outros 9 centros de saúde do país, se estendendo a outros estados e visando a continuidade mesmo após a pandemia.

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"Temos déficit de serviço de aborto legal. Na pandemia ficou pior, com fechamentos de ambulatórios. Há estados sem um único centro de referência, a maioria fica em capitais", diz a advogada Gabriela Rondon, que dá suporte jurídico à equipe médica de Helena.

Hoje, o Brasil conta com menos de 50 serviços de aborto legal disponíveis e espalhados entre os cerca de 5.000 municípios. Além disso, segundo a pesquisa Aborto no Brasil: o que dizem os dados oficiais? publicada em fevereiro de 2020 nos Cadernos de Saúde Pública – revista da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) –, são negras, indígenas e moradoras de regiões distantes dos grandes centros, além de adolescentes menores de 14 anos, as grandes vitimadas pelos abortos ilegais no Brasil.

Confira nosso programa de podcast do Esquerda Diário, o Peão 4.0, no seu mais novo episódio que trata sobre a questão do aborto: Tabu ou Direito?

Com informações do UOL




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