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Cisjordânia | Israel deteve a jovem Ahed Tamimi, símbolo da resistência palestina

Como parte do terror e das perseguições que o Exército de Israel vem levando adiante na Cisjordânia ocupada, na madrugada desta segunda-feira, detiveram a jovem palestina Ahed Tamimi, um símbolo da resistência palestina que se fez conhecida internacionalmente quando, com apenas 14 anos, enfrentou um soldado e, dois anos depois, foi encarcerada durante oito meses em uma prisão israelense, gerando um movimento internacional por sua liberação.

segunda-feira 6 de novembro de 2023 | Edição do dia

Ahed Tamimi, ícone mundial da resistência palestina. A jovem de 22 anos foi detida em sua casa na Cisjordânia ocupada, em uma operação similar a um sequestro ocorrido na madrugada, e durante uma noite que incluiu ataques do Exército israelense em vários povoados e campos de refugiados palestinos.

Segundo um porta-voz do Exército israelense, tratava-se de uma operação “destinada a deter indivíduos suspeitos de envolvimento em atividades terroristas e de incitação ao ódio”, mas o fato de terem agido contra a figura de Tamimi explicita uma política sistemática de ataques contra a população palestina, não só em Gaza onde assassinam e bombardeiam até só sobrarem destroços, mas também na Cisjordânia ocupada onde levam adiante uma política de terror sistemático.

O castigo coletivo do Estado de Israel sobre a população palestina converteu-se em uma constante, e este inclui assassinatos, detenções, incursões em campos de refugiados, demolições de casas palestinas e também a ação comum de soldados junto a colonos israelenses realizando pogroms nos povoamentos palestinos que ficam na Cisjordânia.

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Como parte desta política, acabaram de deter Ahed Tamimi em sua casa, na cidade de Nabi Saleh.
A jovem palestina se fez conhecida mundialmente aos 14 anos quando foi gravada mordendo um soldado israelense para impedir que detivesse seu irmão pequeno, que havia sido imobilizado no chão.

Em 2017, Tamimi foi encarcerada durante 8 meses por exigir que dois soldados israelenses saíssem do quinta de sua casa em Nabi Saleh, quando estes estavam provocando sua família.
A luta pela liberação de Tamimi em 2017 e 2018 converteu-se em um grito de solidariedade internacional voltando a por em primeiro plano, naquele momento, a luta pela causa palestina contra o apartheid de Israel.

Hoje, com mais de 10.000 palestinos assassinados na Faixa de Gaza e com os ataques na Cisjordânia, a luta pela liberdade de Tamimi será parte do movimento de solidariedade internacional contra o genocídio praticado pelo Estado de Israel, movimento este que cresce a cada semana e que incluiu neste último sábado mobilizações de multidões com dezenas de milhares nos Estados Unidos, em diversos países da Europa, Indonésia, no mundo Árabe e na América Latina.




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