Em eleição da União Caxiense dos Estudantes Secundaristas, de Caxias do Sul, golpe é feito para favorecer chapa encabeçada pela UJS. Centenas de estudantes foram impedidos de votar.
domingo 20 de agosto de 2017 | Edição do dia
Novamente um processo eleitoral estudantil é palco para as manobras da UJS. A comissão eleitoral, majoritariamente composta por estudantes ligados à chapa 1 - A Escola é Nossa, encabeçada pela UJS, tomou atitudes tendenciosas e golpistas durante o processo.
Medidas como essas ajudam a deslegitimar este que poderia ser um instrumento importante na luta dos estudantes e o conjunto dos secundaristas acabam perdendo. Vemos esse tipo de prática ocorrendo tantas vezes em outras eleições, como na UNE a cada dois anos e na própria UCS em 2015.
Nós do Esquerda Diário e da juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária, mesmo não concordando com a política da chapa 2, repudiamos essa prática mafiosa que já é tradição para a UJS, como na UCS em 2015. Reproduzimos aqui a denúncia feita pela Chapa 2 - Enfrente, ligada à Kizomba:
“DENÚNCIA - GOLPE NAS ELEIÇÕES DA UCES
Nesta sexta-feira (18/08) ocorreu um profundo golpe nas eleições da União Caxiense dos Estudantes Secundaristas (UCES).
Após a injusta e antidemocrática decisão de colocar somente 14 urnas em toda cidade, a Comissão Eleitoral impediu que mais de 400 estudantes da EEEM Aristides Germani pudessem votar.
Durante a parte da manhã, 200 estudantes deixaram a escola para votar na EEEM Olga Maria Kayser, seu respectivo Colégio Eleitoral. Porém, ao chegarem ao local não encontraram urna nem mesário.
Durante a tarde, outros 200 estudantes se dirigiram ao Colégio Eleitoral para votar. Ao chegarem, a Comissão Eleitoral decidiu fechar a urna para os estudantes não votarem. Detalhe: faltava mais de uma hora para o término da votação (17h30). Devido à confusão gerada pela indignação dos estudantes impedidos de votar, a Direção Escolar decidiu expulsar a Comissão Eleitoral da escola, sob ameaça de chamar a Brigada Militar.
Esse fato soma-se a diversas irregularidades constatadas ao longo do processo, protagonizado por uma Comissão que se mostrou incompetente e despreparada. Além disso, a comissão agiu e age de forma corrupta a fim de beneficiar a chapa 1.
Nós, da chapa 2 Enfrente, não aceitaremos essa barbárie e não reconheceremos esse resultado. Estamos analisando as medidas judiciais que devem ser tomadas e continuaremos ao lado dos estudantes.
CHAPA 2 – ENFRENTE”