×

Free Palestine | Genocídio ao vivo: Israel reforça bombardeio e invade Gaza com tanques e apoio dos EUA

segunda-feira 30 de outubro de 2023 | Edição do dia

Desde a última sexta-feira, as forças de defesa israelenses (IDF) intensificaram os bombardeios à faixa de Gaza, em mais um dia de bombardeio indiscriminado a alvos civis, atingindo a contagem de mais de 8 mil palestinos mortos nos bombardeios, sendo que destes, 3,5 mil eram crianças. Na sexta, as IDF também cortaram a internet na faixa de Gaza, e iniciaram incursões terrestres com tanques. Essa é a "segunda fase da guerra", afirmou Netanyahu, primeiro ministro israelense.

As IDF tem realizado uma verdadeira campanha de terror utilizando táticas de propaganda de guerra copiadas dos manuais do nazismo para levar adiante sua campanha militar de limpeza étnica contra o povo palestino. Suas declarações nas redes sociais tem sido realizadas em inglês ao invés de Hebreu, pois buscam na realidade iludir a comunidade internacional com mentiras sobre a sua atuação. É assim que, no final de semana, lançaram um comunicado em inglês (sendo que as IDF tem pessoas que falam árabe) avisando a população palestina para ir ao sul, aonde Israel está bombardeando igual está no norte de Gaza.

Leia também: A manutenção do discurso pró-Israel pela grande mídia brasileira é conivente com o massacre palestino

Em outro comunicado, também em inglês, afirmavam que sob o maior hospital de Gaza, estariam escondidos os túneis aonde ficariam o quartel general do Hamas, sem mostrar nenhuma prova. Tudo não passa de tática de propaganda de guerra, espalhando informações especulativas que a imprensa ocidental, sem exceção, passa adiante preparando o terreno para que a comunidade internacional, em especial os EUA, estejam preparados para maiores crimes de guerra, como a explosão do Hospital Al-Ahly Arabi. Para fortalecer o poder de cometer crimes de guerra como esse e não ser questionado, as IDF engajam em uma campanha fascista que envolve propaganda de guerra e intimidação, não admitindo qualquer questionamento às suas ações.

É assim que as IDF acusaram até a Anistia Internacional de antissemitismo por criticar os bombardeios. É assim também que as IDF bombardearam a família do chefe de Jornalismo da emissora AlJazeera, do Qatar, que cobre o conflito desde o início documentando à sua forma a realidade do lado palestino. Assim, também, milhares de panfletos foram jogados do céu de Gaza, enviados pelas IDF, pedindo para que os palestinos evacuarem o "campo de batalha".

Leia também: Abaixo os bombardeios e a intervenção militar israelense contra o povo palestino

Soma-se à máquina de propaganda de guerra israelense, o próprio governo americano e sua imprensa. Joe Biden, fiel apoiador de Israel que vetou todas resoluções que pediam as "pausas humanitárias", e que esteve presente em Israel semanas antes, colocou em questão o número de mortos palestinos fornecidos pela Autoridade Palestina na semana passada, relativizando a morte de milhares de civis. Mortes causadas pelos bombardeios indiscriminados de Israel, que atingiu em sua maioria mulheres e crianças, sem contar profissionais da saúde, da imprensa e até membros da ajuda humanitária da ONU. A negação do genocídio é parte da prática do genocídio, pois atua diretamente para a impunidade do crime de limpeza étnica praticada pelos Sionistas.

Os EUA precisam assumir essa posição pois são diretamente agentes no genocídio do povo palestino: Israel é um estado artificial, um enclave no oriente médio financiado diretamente pelos EUA, que todos os anos o país destina dezenas de bilhões de dólares. Desde o início do conflito, os EUA enviou um porta-aviões e tropas que vem atuando e operações contra o Irã e o Líbano, e, enquanto isso, Biden pediu que o Congresso destinasse mais US$ 105 bilhões para Ucrânia e Israel. Em contraste com esse orçamento, que é sozinho maior que o PIB de alguns países pequenos, a Faixa de Gaza, por sua vez, teve o acesso permitido por Israel a um punhado de caminhões com ajuda humanitária, sem nenhum combustível, sem água e sem comunicação. É assim que cenas vemos cenas de palestinos desesperados indo aos depósitos de ajuda humanitária desesperados por comida.

É preciso denunciar toda essa operação de limpeza étnica, o genocídio incremental do povo palestino, e para isso é preciso também denunciarmos diretamente a cobertura da imprensa que naturaliza esse genocídio, que coloca algumas poucas críticas aos supostos "excessos" do regime israelense, que realiza um Apartheid e limpeza étnica, buscando expulsar de sua terra ancestral uma população que lá vive há séculos, e que inclusive vivia em paz com os judeus antes do colonialismo sionista se iniciar com a criação do Estado de Israel.

Precisamos, no Brasil, seguir o exemplo da juventude do dos talhadores mundo afora, aonde, em países que proibiram ou perseguiram a expressão do apoio à luta palestina, mesmo assim foram às ruas aos milhares ou dezenas de milhares. Londres, Berlim, nos EUA, na França, assim como em diversos países do oriente médio, os palestinos tem apoio às suas reivindicações pelo fim do genocídio, e pelo direito à sua autodeterminação. Abaixo os bombardeios e a intervenção militar israelense contra o povo palestino!

O governo brasileiro posa de defensor da paz na ONU, mas não abre mão de seus laços comerciais e técnico-militares com Israel. Pela imediata ruptura de todos acordos do Brasil com Israel!

Israel que expulsar os moradores de Gaza para o deserto do Sinai, no Egito, Precisamos lutar, pelo contrário, pelo direito ao retorno de todos os 14 milhões de palestinos que foram expulsos de suas terras e formam 38% do total de refugiados no mundo. Levantar também a necessidade do Estado Brasileiro romper imediatamente todas as suas relações com Israel, sejam elas comerciais, diplomáticas ou militares. Isso só poderá ocorrer com o fim do Estado de Israel, que mantém o apartheid contra os palestinos tanto em Gaza quanto na Cisjordânia. Por uma palestina única aonde palestinos, árabes e judeus não sionistas possam conviver, que para nós só seria possível através da defesa de uma palestina operária e socialista.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias