Relatos alegam que os indígenas foram atacados após apreenderem materiais para o garimpo.
terça-feira 11 de maio de 2021 | Edição do dia
Foto: Condisi-Y / Divulgação
A região localizada no norte do estado de Roraima é conhecida por suas rotas de garimpo em meio a diversas comunidades indígenas. Segundo declaração do presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-Y), Junior Hekurari Yanomami, trata-se de “um local de passagem de garimpeiros, onde levam gasolina e alimentam todos os locais dos garimpos. As próprias comunidades fizeram barreiras, estão colocando dificuldade e estão sofrendo retaliação”.
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Entre o ataque dos garimpeiros e a resposta dos indígenar, três garimpeiros morreram e um indígena foi ferido sem gravidade na cabeça. Segundo Hekurari, no local do ataque foram encontrados cartuchos de espingardas, pistolas e, inclusive, fuzis, além de dois quadriciclos apreendidos pelos indígenas.
Na região, já é o terceiro ataque às comunidades indígenas em menos de 15 dias e o clima segue tenso na região, onde há muito medo de represálias e novos ataques. O território é alvo constante de garimpeiros em busca da extração ilegal de ouro. Trata-se da maior reserva indígena do Brasil, com cerca de 27 mil indígenas que ocupam uma região de 10 milhões de hectares entre o Amazonas e Roraima, que segue na mira de governo Bolsonaro e seus apoiadores do garimpo ilegal, que promovem uma política de terror contra as comunidades indígenas.
