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Ataque ao aborto | Extrema direita tenta atacar direito ao aborto em casos de estupro, risco de vida e anencefalia. É preciso lutar pelo aborto legal, seguro e gratuito!

A mesma comissão da Câmara dos Deputados que atacou o direito ao casamento LGBTQIA+, agora quer criminalizar as mulheres e demais pessoas com útero que decidam abortar após terem sido vítimas de estupro, por correrem risco de vida e por estarem em uma gestação de um feto anencéfalo, ou seja, sem chances de sobreviver. É preciso defender nas ruas o direito ao aborto legal, seguro e gratuito.

quinta-feira 26 de outubro de 2023 | Edição do dia

A deputada bolsonarista Cris Tonietto do PL foi a responsável pela proposta reacionária que busca obrigar vítimas de estupro a manterem a gravidez. Também quer acabar com o direito ao aborto em casos em que sua própria vida de quem está gestante está em risco ou em casos de anencefalia, ou seja, em que o feto não tem chances de sobreviver.

Esse ataque se baseia na ideia de que a vida começa na concepção e por isso teria que supostamente ser "protegida" a partir desse momento. Na verdade, significa um ataque ao direito das mulheres e demais pessoas com útero ao seu próprio corpo e desconsidera a própria vida dessas pessoas como algo a ser protegido. Na prática, uma medida reacionária como essa vai gerar ainda mais mortes por abortos clandestinos e aumentar o número dos próprios abortos clandestinos.

Atualmente, as pessoas que podem acessar procedimentos clandestinos são aquelas que conseguem pagar por isso. Os poucos casos em que o aborto é feito legalmente pelo SUS vêm sendo alvo constantes de ataques da extrema direita, e isso se aprofundou com o governo Bolsonaro, e agora seus representantes seguem mirando os direitos elementares das mulheres e de todos os setores oprimidos. Com partidos que foram base do governo Bolsonaro sendo parte do governo Lula-Alckmin, essa mesma direita reacionária se sente fortalecida para retomar seus projetos conservadores, mostrando como é a conciliação que fortalece a extrema direita.

No última quarta (25) a votação desse ataque foi obstruída na Câmara mas somente a força da luta das mulheres e de todas as pessoas com útero tomando as ruas pode derrubar efetivamente este ataque. É preciso responder com uma forte luta nacional que defenda os casos em que o aborto é legalizado e avance para arrancar o direito ao aborto legal, seguro e gratuito em todos os casos.




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