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Solidariedade | Estivadores de Barcelona decidem bloquear toda atividade relacionada com o envio de material bélico para Israel

A organização de Estivadores Portuários de Barcelona (OEPB), sindicato majoritário entre os mais de 1200 estivadores do porto de Barcelona, decidiu em assembleia bloquear toda atividade relacionada com o transporte de material bélico para Israel e Palestina.

segunda-feira 6 de novembro de 2023 | Edição do dia

As demonstrações de rechaço perante o genocídio levado à frente pelo Estado de Israel em Gaza não param de ocorrer. Desde manifestações com multidões que não cessam em qualquer lugar do mundo, até mostras de solidariedade ao povo palestino e rechaço contra Israel de milhares de organizações e coletivos.

Neste sentido, nesta segunda, os estivadores de Barcelona decidiram em assembleia “não permitir a atividade” de barcos que enviam armas para Palestina e Israel.

Como assinalam em seu comunicado, este posicionamento se deve à contínua violação dos direitos humanos levada à cabo na Palestina e em outras partes do mundo. Uma violação de direitos, assinalam, permitida e levada adiante por países que firmaram a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos.

No mesmo comunicado, apontam o papel da ONU, que na últimas semanas teve sua relação diplomática tensionada com Israel, mas que desde 1948 mantém uma posição de cumplicidade e permissividade com o Estado sionista de Israel, atitude mantida até a atualidade, denunciada pelos estivadores.

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Por isso que, devido à hipocrisia dos governos e organismo internacionais, os estivadores decidira “em assembleia soberana, não permitir em nosso porto a atividade que busque transportar material bélico, em defesa da população civil seja de qual território for”.

Trata-se de um exemplo de solidariedade dos estivadores, que foi feito também em 2011. Naquele momento, da mão de outras organizações e ONGs, levaram adiante um boicote do envio de material bélico para a Líbia enquanto facilitaram o envio de água e alimentos.

Assim, os estivadores de Barcelona unenm-se a outros grupos de trabalhadores e trabalhadoras portuários, como os belgas, que também declararam sua negativa em permitir o transporte de equipamento militar para Israel ou Palestina.

A tática do boicote é uma estratégia que já havia sido empregada anteriormente: trabalhadores portuários de diversos países já utilizaram desta tática em momentos críticos de conflitos bélicos nos anos recentes. Por exemplo, durante o enfrentamento na Faixa de Gaza nos anos 2008 e 2009, portuários da Itália, da África do Sul e dos EUA se negaram a transportar cargas provenientes de Israel.

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