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8 DE MARÇO | Em plenária, mais de 1000 mulheres e LGBTs exigem direito de fala do Pão e Rosas no 8M

Plenária do Pão e Rosas reuniu mais de mil mulheres e LGBTs que rechaçaram o veto antidemocrático contra a agrupação no ato nacional do 8 de março.

sábado 6 de março de 2021 | Edição do dia

A tarde desse sábado, dia 6 de março foi diferente para mais de mil mulheres e LGBTs que reunidas pelo zoom, na plenária aberta nacional do Pão e Rosas puderam debater sobre os desafios da luta por uma feminismo socialista diante do Brasil de Bolsonaro, Mourão e os golpista. Um plenária vibrante que expressou a luta das mulheres trabalhadoras, das jovens universitárias e secundaristas, das mulheres negras, indígenas, das LGBTs de norte a sul do pais.

E essas mulheres reunidas em plenária reafirmaram o rechaço ao absurdo veto promovido pelo PT, PCdoB e setores do PSOL contra o Pão e Rosas no ato unificado do 8 de março que irá acontecer nesse domingo.

Conforme explicou Letícia Parks:

"A gente do Pão e Rosas participou dizendo que o 8 de março deveria ser construído com assembleias de base, mas fomos ignoradas. Depois, quando chegou a hora de debater a política do 8 de março, apresentamos a nossa visão sobre o Brasil e as tarefas do movimento de mulheres. Em todas as reuniões, dissemos que queremos lutar contra Bolsonaro, esse presidente que está por trás dessa situação de crise humanitária que se vive no Brasil. Um cara que foi eleito dizendo que ia perseguir professores com escola sem partido, que ia fazer reformas pra tirar ainda mais direitos da classe trabalhadora, que comparou negros com gado e que disse pra uma deputada que só não estuprava ela porque ela era feia. Sim, nós lutamos contra Bolsonaro com todas as nossas forças, e lutamos também contra Mourão.

(...)

Essas foram as posições que nos levaram a querer construir um 8 de março contra Bolsonaro, Mourão, militares e todos os golpistas, lutas que consideramos inseparáveis dos direitos que viemos lutando para ter há décadas, como o aborto legal, seguro e gratuito, o direito à maternidade, que também é roubado da gente com desemprego, com moradia precária. E por defender tudo isso, fomos proibidas de falar neste ato nacional que vai acontecer amanhã, dia 07 de março. O PT, o PCdoB e o PSOL escreveram um manifesto pra expressar a política nacional do 8 de março, lá não existem as palavras golpe e Mourão, e a luta das mulheres se resume a um pedido ao Congresso de golpistas para fazer um impeachment que na prática colocaria Mourão no poder. Isso não é um detalhe. As nossas gerações, todas presentes aqui nessa reunião, estão convocadas pela história a impedir que maiores tragédias aconteçam. Nosso país já viveu ditaduras, já vivemos verdadeiros massacres armados contra a nossa classe, contra o movimento negro e de mulheres. Não pode ser que frente a tanto autoritarismo na nossa história, a gente aceite o autoritarismo que está se construindo agora na nossa frente, diante dos nossos olhos. Mas hoje a gente tá aqui e quero dizer: ninguém vai calar a nossa voz!"

Foi pro acreditar na necessidade de combater Bolsonaro, Mourão e todo regime do golpe, e por defender que é preciso construir um feminismo socialista inspirado nas grandes revolucionárias como Rosa Luxemburgo, e também em Marx, Engels, Lênin e Trotski que contribuíram enormemente para a luta das mulheres e da classe trabalhadora, que essas mais de mil pessoas presentes na plenária reafirmaram a importância política de que o Pão e Rosas pudesse ter direito a voz no 8 de março para expressar esses combates tão necessários para a vida das mulheres e da classe trabalhadora.




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