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EDUCAÇÃO | Em comemoração de final de ano, Escola Albino Cesar, no Tucuruvi (SP) é alvo da repressão da PM

No último dia de aula do semestre, alunos resolvem festejar o final do período letivo e são agredidos, com consenso da diretoria da escola, por policiais militares.

quarta-feira 6 de dezembro de 2017 | Edição do dia

Na sexta-feira da semana passada alunos e professores puderam presenciar mais uma cena de arbitrariedades do governo tucano, deixando claro o papel da polícia e da diretoria da escola, que já sinalizou – inclusive recentemente, com a visita de Geraldo Alckimin à escola – estar aliada ao projeto dos tucanos para a educação em São Paulo.

No último dia de aula do semestre, alunos de diversas turmas da escola Albino César, no Tucuruvi (SP), levaram à escola caixas de som para festejar o término do período letivo. Como costuma ser na maioria das escolas públicas do país, os alunos comemoraram jogando papeis ao alto, gritando, dançando e fazendo da entrada da escola um palco de comemoração.

Ao identificar que haviam bombinhas de barulho entre os alunos, a diretoria da escola chamou a Polícia Militar, para tratar com seus métodos o que era apenas uma comemoração de crianças e adolescentes. A polícia, como de costume, não soube agir com outros métodos: chegou abordando alunos, revistando-os de maneira truculenta, pegando em partes íntimas dos adolescentes, xingando e humilhando de diversas maneiras, além de ter tido policiais homens revistando meninas. Tudo isso com a deliberada permissão da direção da escola.

A visão da direção da escola, de que a comemoração da juventude deve ser tratada como caso de polícia, está alinhada com a política psdbista implementada por Geraldo Alckmin de que os estudantes devem ser tratados na escola como gados marcados a ferro, sem ter direito a lazer, festas ou espaços de interação e diversão. É evidente que, ao ser privada disso, a juventude busca os seus próprios métodos de diversão, e é então tratada com gás lacrimogênio e a violência policial.

É um absurdo que esse tipo de tratamento seja dado aos jovens que querem comemorar o simples fim do semestre. Queremos o pleno direito à educação, mas também queremos direito à comemoração, ao lazer, à cultura, à cidade. Uma juventude que não interage não consegue entender o seu espaço na sociedade. Por isso eu e a equipe do Esquerda Diário repudiamos essa atitude da polícia e da direção da escola.

Seguem abaixo vídeos gravados sobre a intervenção da Polícia Militar.




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