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32º Congresso do SINPEEM | Educadoras fazem ato pela garantia do direito de mães participarem do congresso.

Educadoras fazem ato pela implementação de medidas para garantia da participação das mães no congresso do SINPEEM e denunciam que mulheres foram impedidas pela direção majoritária e retiradas do congresso por levarem seus filhos/netos, desrespeitando a decisão aprovada no 31 Congresso em 2022.

sexta-feira 27 de outubro de 2023 | Edição do dia

No 3º dia do 32º Congresso do SINPEEM - Sindicato dos profissionais em educação no ensino municipal de São Paulo, as educadoras de inúmeros setores de oposição à diretoria majoritária do sindicato e da base da categoria, começaram a 2ª plenária, denunciando que ao levar seus filhos e netos nos primeiros dias do Congresso, que começou na terça, dia 24, foram impedidas de permanecer ali acompanhadas das crianças e que a direção de Claudio Fonseca ainda chamou seguranças para as escoltarem para fora do Congresso.

A demanda por um espaço adequado no congresso para que as mães e responsáveis possam deixar seus filhos enquanto participam politicamente do Congresso, já é reivindicada há anos. E isso justamente numa categoria enorme e formada fundamentalmente por mulheres, que são mães, avós, tias, enfim, que são responsáveis pelo cuidado de bebês e crianças - o que de forma alguma precisa e deve estar em oposição, ao direito do conjunto das mulheres trabalhadoras de serem acolhidas com suas demandas, em todos os espaços políticos e sindicais em que desejarem estar… Exatamente pela relevância desse tema, no 31º Congresso de 2021 isso foi aprovado pelos presente, o que deveria ter sido implementado pela direção do Sindicato.

No início da plenária as educadoras fizeram um ato em solidariedade às companheiras constrangidas e expulsas, denunciaram publicamente para as e os delegado/as absurda expulsão e o tratamento direcionado às companheiras. Mas se não bastasse o absurdo do ocorrido, Claudio Fonseca ainda silenciou uma trabalhadora e impediu que continuasse seu relato.

A direção responsável por expulsar mães do congresso alegou que por conta do espaço estar em reformas não havia condições sanitárias e estruturais adequadas para crianças no ambiente. Obviamente, ninguém é favorável a manter crianças em ambientes insalubres, mas por outro lado, o que não se questionou foi a completa falta de razão em se organizar o congresso em um local que não tem condições adequadas para receber os congressistas de quaisquer faixa etária, fato que todos presentes no congresso podem testemunhar, além de instalações improvisadas, até falta de água tivemos durante o congresso.

Esse completo descalabro perpetrado pela liderança de Claudio Fonseca não foi o único no congresso. Já no primeiro dia as professoras Grazi (Nossa Classe Educação), Silvana (Luta Educadora) e Priscila (Reviravolta na Educação) defendiam uma proposta sobre enfrentamento às opressões para fortalecer o regimento e a condução dos trabalhos do Congresso e foram silenciadas tendo seus microfones cortados no início de suas falas, por defenderem tal conteúdo através de um documento que foi construído por trabalhadoras da educação e apresenta práticas de combate ao machismo, ao racismo, à LGBTQIAP+fobia, à xenofobia e a todas as formas de opressão, ou seja, se mostra fundamental e necessário num espaço onde sistematicamente os setores oprimidos e suas demandas são silenciados, refletindo a sociedade com suas inúmeras opressões e servindo exatamente para enfraquecer a organização dos setores oprimidos nos sindicatos, como vimos novamente nos primeiros momentos da plenária da quinta-feira. Uma atitude machista como essa não é de se estranhar partindo de uma direção cuja principal figura estava até “ontem” filiado a um partido de direita como o Cidadania que apoiou a eleição do bolsonarista Tarcísio de Freitas.




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