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FALSIFICAÇÃO EM DEFESA DA PM | Direita divulga calúnias e laudo falso dos tiros em Maria Eduarda para defender a PM

Páginas de direita estão divulgando informações falsas sobre o laudo dos tiros que mataram a menina Maria Eduarda, de apenas 13 anos de idade, na última sexta-feira, 31, quando ela estava dentro do colégio. As informações falsas divulgadas no site "Juntos pelo Brasil" tem como intuito inocentar os policiais, como os que foram presos por serem filmados executando dois homens rendidos, e que estão envolvidos em 37 autos de resistência.

segunda-feira 3 de abril de 2017 | Edição do dia

O próprio porta-voz da PM assumiu, no dia da morte de Maria Eduarda, que o brutal assassinato da jovem era um "dano colateral" da atuação policial. Contudo, para os fanáticos defensores da polícia nas redes sociais, que defendem a filosofia do "bandido bom é bandido morto" (ignorando o fato de que não há "bandido" mais assassino que a própria polícia, que já matou 182 pessoas nos dois primeiros meses do ano a respeito da morte de Maria Eduarda, afirmando que os disparos feitos contra a menina teriam sido feitos por um fuzil AK-47, armamento que não faz parte do arsenal utilizado pela polícia.

Em seguida, o site diz em seu texto: "E agora comunidade? Vai lá na boca de fumo fazer protesto? Vão entregar o dono da favela? (...) Mais uma vez aos bravos guerreiros que estavam trabalhando para manter a ordem: os humilhados serão exaltados!"

Procurando divulgar suas informações falsas, os seguidores da página comentaram nas postagens de páginas que divulgavam informações sobre a luta pela justiça à Maria Eduarda. Na página do Facebook do Esquerda Diário foram feitos comentários como esses:

Além da falsificação do laudo, os defensores da polícia assassina têm utilizado outros métodos sujos, como a calúnia e a difamação de Maria Eduarda, tal como uma foto de uma menina segurando um fuzil (abaixo), que vem circulando pelas redes afirmando que se trataria de uma amiga da jovem assassinada, e procurando, assim, justificar seu brutal assassinato.

Os métodos das mentiras, das provas forjadas e da defesa aberta do assassinato de inocentes ou de "marginais" não é nenhuma novidade. Faz parte do método da polícia desde sempre, inclusive em seus "autos de resistência", que são verdadeiras execuções legalizadas. Aliás, nunca é demais lembrar que os dois policiais presos por executar dois homens rendidos estavam envolvidos em outros 27 autos de resistência, e um deles inclusive na morte de uma menina de 11 anos por "bala perdida". A única diferença, dessa vez, é que foram filmados. Mas, como os policiais são julgados por tribunais especiais, compostos por outros militares, eles frequentemente são inocentados, mesmo com provas contundentes.

É preciso combater as calúnias e falsificações dos policiais e seus apoiadores, e lutar por justiça. Pelo fim dos autos de resistência e para que todos os casos sejam julgados por tribunais populares. Basta de mortes causadas pela polícia racista e assassina.




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