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PROFESSORES DE SP | Covas ataca professores e alunos colocando fim à Sala de Leitura e Informática Educativa

O atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou mais um grande ataque contra os professores: irá acabar com a Sala de Leitura e com a Informática Educativa, atacando projetos importantes tanto para os professores quanto para alunos e comunidade escolar. Professores lançam carta de repúdio. Veja aqui.

quarta-feira 12 de dezembro de 2018 | Edição do dia

Ontem (11), o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) avançou para mais um ataque contra os professores: a Secretaria Municipal de Educação em consonância com a atuação do prefeito tucano divulgou que irá aplicar uma "reorganização" do trabalho dos professores da sala de leitura (POSL) e de informática educativa (POIE) para o ano letivo de 2019. A Instrução enviada prevê mudanças que afetam diretamente o trabalho dos docentes e a qualidade do trabalho oferecido para os estudantes e toda comunidade escolar, uma vez que irá acabar com os projetos de contra-turno, como Clube de Leitura, Academia Estudantil de Letras, Mediação de Leitura, Robótica, Cultura Maker, Imprensa Jovem e aluno-monitor.

Frente à este ataque de Covas, os professores lançaram uma carta de repúdio aos ataques contra a Sala de Leitura e Informática que reproduzimos abaixo:

Carta aberta dos professores de Informática Educativa - POIE e da Sala de Leitura - POSL

Nós professores da sala de leitura e da sala de informática educativa fomos surpreendidos pela portaria INSTRUÇÃO NORMATIVA SME Nº 26, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2018, que impõe uma reorganização das aulas dos professores POIE e POSL, precarizando o trabalho docente nestas funções, além de impor o fim projetos já realizados nas escolas públicas municipais, como: robótica, cultura maker, imprensa jovem, aluno monitor, projetos de leitura e mediação de leitura, AEl entre outros.

Por isso, nos declaramos totalmente contrários a essa decisão do governo municipal.

Entendemos que essa mudança está atrelada ao corte de 400 milhões na educação para orçamento de 2019, e que vai significar uma profunda mudança na carreira do professor, que não poderá mais se dedicar exclusivamente a essa função, tendo que atribuir aulas da sua disciplina para complementar jornada ou mesmo se dividir em várias escolas, além de prejudicar a vida de professores que tem acúmulo de cargo e que necessitam trabalhar em duas escolas para sustento familiar.

Isso tudo está ligado ao pacote de maldades que a prefeitura quer aprovar ainda esse ano, onde a previdência dos educadores e servidores está sendo usada como justificativa para esses cortes, no entanto, a saúde, educação e o transporte seguem com problemas estruturais, que não foram solucionados pela prefeitura, e pioram a cada dia.

O descaso com que o Bruno Covas e seus vereadores tratam os servidores, é mesmo que tem com a população que há anos vem sofrendo com sucateamento dos serviços públicos.

Nas escolas tiraram o leite, o TEG (transporte escolar gratuito), fecharam brinquedotecas, reduziram o passe livre dos estudantes, e agora querem acabar com os projetos, deixando nossas crianças nas ruas, isso numa rede que é referência internacional em educação integradora.

Por isso contamos com a força dos professores e dos servidores e o apoio principalmente da comunidade escolar, que sofre todas essas perdas para barrarmos definitivamente essa instrução normativa, o corte de 400 milhões na educação e os ataques aos direitos dos professores e servidores como o PL621/2016.

Entendemos que quaisquer mudanças em relação a sala de leitura, informática educativa e projetos, só podem se dar no movimento de ampliação e não de extinção.

Não vamos aceitar a desculpa que temos que economizar no orçamento público, ao contrário, nossas escolas precisam de investimento e não cortes, assim como a nossa carreira precisa de valorização e os serviços públicos oferecidos pela população como transporte e saúde também precisam ser melhorados.

Exigimos que os sindicatos Sinpeem, Aprofem e Sinesp, organizem imediatamente uma séria luta contra os ataques, que se não forem revistos, são motivos suficientes para iniciarmos uma mobilizaçaõ que impeça o início do ano letivo de 2019.




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