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ABORTO LEGAL JÁ | Argentina: A esquerda chama reforçar a mobilização para conquistar o direito ao aborto legal

terça-feira 10 de abril de 2018 | Edição do dia

Nesta terça começam as Audiências públicas informativas nas quais será debatido o projeto da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto legal, seguro e gratuito. As deputadas da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (Frente de Izquierda y de los trabajadores FIT) conversaram com o Esquerda Diário sobre a campanha.

Logo após o plenário das comissões no passado dia 20 de março no Congresso Nacional Argentino, essa terça feira começam finalmente as Audiências públicas informativas nas quais será debatido o projeto elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto, que foi apresentado pela sétima vez consecutiva no dia 6 de março desse ano, com 72 assinaturas de deputados e deputadas de diversos partidos.

Lembremos que , após o aval do presidente Mauricio Macri e por disposição das presidências da Legislação General, Legislação Penal, Saúde Pública e Família, Mulher, Criança e Adolescente, envolvidas no projeto, estarão também em debate outras 7 iniciativas que promovem a legalização e/ou despenalização desse direito, três delas impulsionadas por deputados do “Cambiemos”,dois pela ‘Frente para a Vitória, um pelo “Movimento Evita-PPV e outro pelo “Evolução Radical”

Após serem publicados os novos detalhes da convocatória ao debate desta primeira jornada, que acontecerá a partir das 10 até as 18 horas dessa terça feira, com exposições e manifestações a favor econtra o reconhecimento desse direito, as deputadas da FIT Myriam Bregman e NAthalia Gonzalez Seligra convocaram a mobilização junto com dezenas de organizações e ativistas, para exigir a aprovação desse projeto.

Myriam Bregman (PTS, Partido dos Trabalhadores Socialistas na FIT) adiantou que a chegada do projeto ao debate no Congresso “é o resultado de uma longa história de luta do movimento de mulheres”, que manteve em pé durante anos essa luta fundamental. Para a deputada, contrariamente ao que afirmam os setores mais conservadores e a igreja,”não estarão na discussão as crenças religiosas das pessoas: o que vamos debater finalmente, produto dessa longa luta,é que o Estado tem que garantir o direito à saúde, a autonomia e à vida das mulheres”, afirmou se referindo à mobilização desses setores nessa terça, às 15h30.

“Estamos em pleno século XXI e continuamos sendo objeto de controle”, denunciou Bregman se referindo à realidade que milhares de mulheres vivem nesse país, sem poder acessar ao direito a decidir sobre o seu próprio corpo, condenadas a morrer por abortos clandestinos ou a sofrer terríveis consequências que tem sobre a saúde as interrupções mal feitas. Nesse sentido, a referente do movimento de mulheres também adiantou que “nós da esquerda vamos a levar nessas audiências a testemunha das mulheres jovens, trabalhadores e pobres, que são as que sofrem com as piores consequências que impõe a criminalização e a clandestinidade do aborto”. Sua companheira Nathalia Gonzalez Seligra (PTS/FIT), uma das deputadas assinantes do projeto da Campanha, antecipou por sua parte que “essa terça-feira desde as 9h30 e durante todo o dia, chamamos a nos manifestar frente ao Congresso, junto com dezenas de organizações, para exigir que não existam manobras e adiamentos no debate que está se abrindo.

Da mesma forma, Gonzalez Seligra lembrou que os grandes partidos como Cambiemos como o PJ-FpV, barraram todos esses anos que a iniciativa fosse aprovada.”Sabemos também que se chegar no senado o projeto terá, muito provavelmente, muitos empecilhos, e é público que a hierarquia da Igreja também vem organizando sua influência para impedir que o projeto avance”. Disse, e afirmou também que, “junto à agrupação de mulheres Pão e Rosas, chamamos a nos organizar em cada lugar de trabalho e estudo, para ser milhares nas ruas e conquistar que esse direito seja reconhecido e garantido”.




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