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LUTA SECUNDARISTA | Alckmin recua, secundaristas chamam a avançar

O chamado do Comando das Escolas Ocupadas, que a imprensa do país inteiro filmou e boicotou, é para aprofundar a luta e garantir a revogação do decreto, a não punição de nenhum setor em luta e avançar por uma “verdadeira reforma da educação”, a partir de um ato na próxima quarta, 9/12.

sábado 5 de dezembro de 2015 | 00:12

URGENTE! PRONUNCIAMENTO PÚBLICO DO COMANDO DOS ESTUDANTES OCUPADOS!VEJAM! COMPARTILHEM! A LUTA SEGUE FORTE!!OCUPAR E RESISTIR

Posted by Juventude ÀS RUAS on Sexta, 4 de dezembro de 2015

Este vídeo emocionante mostra a firmeza e consciência política dos estudantes em luta. Tiveram a consciência de não desarmar a mobilização frente ao recuo do Alckmin, que falou em "adiar" a "reorganização" mas não revogou o decreto. Fazem exigências corretíssimas que nós do Esquerda Diário chamamos toda a população do estado a apoiar: a não punição dos lutadores, a revogação do decreto, a punição dos policiais agressores e um debate real com a população sobre o atual sistema de ensino. Achamos fundamental que todos atendam ao chamado ao ato dia 9/12, 17h, no vão do MASP na capital de SP, para abrir uma nova etapa na luta. Podemos impor a derrota definitiva da reorganização e avançar na luta por um outro projeto de educação.

Para fortalecer a luta e avançar, é importante que todas as escolas se somem com representantes ao Comando das Escolas Ocupadas, e que este se consolide como o verdadeiro organizador do conjunto do movimento estadual, que a UMES, UPES e UBES estão longe de representar. Ao contrário, querem trair o movimento. É fundamental organizar para que na próxima reunião compareçam um número ainda mais expressivo de escolas, e que seja um marco de um verdadeiro comando que reúna as escolas de todo o estado. Como fica claro na declaração do Comando, esse é o único organismo que pode ser legítimo e reconhecido por todos do movimento. Levando as discussões para as assembleias em cada escola e definindo democraticamente os rumos da mobilização. Isso não se contrapõe a construção de comandos regionais que fortalecem a luta entre as escolas próximas, mas é importante passo na unificação do movimento, necessária para enfrentar as manobras e derrotar o governo.

Ficou claro que a força do movimento dos estudantes, junto com os trabalhadores e a população que nos apoia, pode impor a revogação definitiva do decreto, e todas as reivindicações, avançando na luta por outro projeto de educação, que garanta ensino público de qualidade e gratuito em todos os níveis. Basta de cortes na educação e precarização, e o investimento apenas voltado para o lucro de alguns poucos.Temos confiança de que podemos avançar para impor nossas demandas, e esse grande ato do dia 9/12 pode ser expressão dessa força.

Podemos garantir questões essenciais como reforma da infra-estrutura das escolas, diminuição de alunos por sala, melhoria do salário dos professores e efetivação dos precarizados, e avançar para mudar pela raiz a educação, que é para quem ela é voltada. É preciso acabar com os tubarões do ensino que lucram milhões, estatizando as universidades e escolas privadas, por educação de qualidade para todos. As ocupações estão mostrando que os estudantes sabem mais do que o estado como cuidar das escolas, e torna-las um ambiente agradável e vivo de aprendizado, por isso é preciso a auto-gestão das escolas por estudantes, professores e comunidade. E que o conhecimento seja debatido também pela comunidade escolar, não pensado somente pelo estado, que quer nos educar de forma alienada e não com uma educação crítica.

Os professores estão apoiando amplamente nossa luta, mas a APEOESP nada faz de concreto, a não ser palanque. É fundamental que no dia 9/12, os professores se somem massivamente ao ato. Mas não só, o chamado é também para todos os sindicatos, organizações de esquerda e especialmente as entidades estudantis por todo o estado de São Paulo, como fizemos hoje na USP, por exemplo, a partir do CAELL (Centro Acadêmico de Letras) e CAPPF (Centro Acadêmico de Educação).

Os secundaristas estão mostrando o caminho da luta pela educação, essa luta é de todos nós. Se “o estado veio quente, nós já estamos fervendo” e vamos vencer.




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