Após uma histórica votação de 95% dos aeronautas favoráveis à abertura do procedimento de greve, a categoria decidirá nesta quarta-feira (24) a deflagração de greve.
terça-feira 23 de novembro de 2021 | Edição do dia
Foto: Marcelo S. Camargo
A patronal das linhas aéreas (Snea) havia ameaçado diversos ataques à CCT, como cortes no auxílio refeição e a imposição de quartos compartilhados, além de negar o mínimo, que é a recomposição salarial. Após 2 anos de perda do poder de compra, assim como diversos direitos da CCT foram colocados em risco.
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A mobilização dos aeronautas ocorre em um contexto de aquecimento da atividade econômica do setor aéreo, no qual as empresas vêm retomando investimentos bilionários e projetando lucros para o final do ano, época em que a circulação de pessoas e mercadorias aumenta consideravelmente. Contudo, as linhas aéreas pretendem manter o quadro reduzido de funcionários, o que acarreta em jornadas extenuantes e acúmulo de funções.
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Durante a pandemia, o conjunto de trabalhadores da aviação foi alvo de demissões em massa, redução dos salários e da jornada. As grandes empresas contaram com o auxílio do governo Bolsonaro e do Judiciário para protegerem seus lucros, como a flexibilização trabalhista e os socorros fiscais.
Agora, as companhias não só buscam preservar o regime trabalhista imposto durante a pandemia, como atacar direitos da CCT e não reajustar o salário, que teve uma perda do poder de compra de quase 15% devido à alta inflação.
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A assembleia ocorre nesta quarta, na sede do Sindicato Nacional dos Aeronautas, ao lado do aeroporto de Congonhas às 13:30.