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Conciliação de classe | Abrindo ainda mais espaço para extrema-direita, governo Lula-Alckmin entrega ministérios para bolsonaristas

A negociação para a entrega de dois ministérios ao Centrão aconteciam desde julho e foram oficializadas nessa quarta-feira (6).

sexta-feira 8 de setembro de 2023 | Edição do dia

André Fufuca (PP-MA) assume o lugar de Ana Moser (sem partido) no ministério dos Esportes. Fufuca é um bolsonarista de primeira linha, pediu votos para a Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022; votou a favor do golpe institucional de 2016, que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, além de votar a favor do Marco Temporal que é um ataque histórico aos povos indígenas contra a demarcação de terras.

Além de Fufuca, o deputado Costa Filho (Republicanos-PE) assume o Ministério de Portos e Aeroportos no lugar de Márcio França (PSB) que agora será ministro do novo ministério de Micro e Pequenas empresas que antes era pasta do ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços de Geraldo Alckmin. Costa Filho foi um grande entusiasta da política neoliberal de Paulo Guedes, ministro da economia de Jair Bolsonaro, e recentemente votou a favor do Arcabouço Fiscal, que é um ataque do próprio governo Lula-Alckmin.

Com os novos 2 ministérios, agora são 38 pasta do governo, sendo 11 comandadas pelo Centrão. MDB, União Brasil, PSD com três ministérios cada um, a agora PP e Republicanos com um ministério cada sigla.

Essa movimentação do governo Lula-Alckmin é mais uma que mostra como está disposto a abrir caminho para partidos reacionários. Em meio a esse cenário vemos a esquerda cada vez mais subserviente a esse governo de conciliação, como o PSOL, que integra um governo com ministros bolsonaristas, inimigos diretos da classe trabalhadora em seus principais postos e não organiza um plano de lutas contra os ataques como o Arcabouço Fiscal.

Só uma política independente do regime político e dos patrões pode dar uma resposta as demandas da classe trabalhadora e do povo pobre, que passa por organizar a classe trabalhadora, apoiando cada processo de luta como vemos com a greve dos trabalhadores da obra da linha 6 do Metrô de São Paulo, e com política de exigência das direções dos movimentos de massa para que rompam com sua paralisia e organizem um plano de lutas já.

Veja também: Editorial: O que está em jogo neste 7 de setembro?




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