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JUVENTUDE FAÍSCA | Abaixo os cortes! Fora Bolsonaro, Mourão e golpistas: Vem pra plenária aberta da Faísca

Desde a madrugada, os militantes da Faísca estão em piquetes ombro a ombro com os metroviários de São Paulo em greve contra Dória. Uma estudante da UNIFESP, também ameaçada pelos cortes de Bolsonaro, Mourão e os golpistas, disse que são esses trabalhadores que apontam o caminho, se organizaram por assembleias. Nesta quarta (19) paralisam São Paulo e, apesar de todas as mentiras da mídia, recebem apoio da população. Vem debater com a Faísca neste domingo (23/05) como batalhar contra os cortes ao lado dos trabalhadores.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

quarta-feira 19 de maio de 2021 | Edição do dia

A lista de universidades ameaçadas de fechar até julho ou setembro só aumenta, junto ao desespero de estudantes, trabalhadores terceirizados e efetivos e docentes. O odioso Bolsonaro e o Congresso Nacional aprovaram um orçamento R$ 4,2 bilhões menor que o de 2020, que já significou corte de bolsas, assistência e demissões de trabalhadores terceirizados, agora ameaçam mais de 50 hospitais universitários e pesquisas em desenvolvimento de vacinas brasileiras, são inimigos confessos da educação e da saúde, com discursos por vezes distintos, de mãos dadas aprovam estes ataques, a falação de Pazuello na CPI da Covid é testemunha disto.

Estes cortes fazem parte de um projeto de aprofundamento de ataques e precarização à juventude e às universidades, entre nós quase 40% estão desempregados. Mas os ataques não são de hoje, o governo Dilma já havia realizado um corte de 13 bilhões na educação e os ataques se aprofundaram com o golpista Temer e a Lei do Teto de Gastos. Hoje isso piora ainda mais, por um lado pelo negacionista governo Bolsonaro-Mourão, e por outro pelo conjunto do regime do golpe institucional onde a educação e a nossa formação não compensa nada, principalmente, em meio à crise econômica internacional. Uma reportagem da BBC expressa isso fortemente ao contar sobre um doutor em Astrofísica que sobrevive vendendo doces. A realidade é que nos querem ver com uma bag nas costas, cada vez mais precarizados, trabalhando até morrer ou mortos pelas balas da polícia.

Frente a esse futuro de miséria que o capitalismo e seus governos nos guarda, nós da Faísca Anticapitalista e Revolucionária estamos batalhando em cada universidade que estamos para que se realizem assembleias de base com direito a voz e voto para cada um dos estudantes, para que possamos nos auto-organizar e unificar a luta entre todas as federais e junto aos trabalhadores. A juventude pode estar na linha de frente daqueles que irão voltar a tomar as ruas contra os cortes na educação, mas também contra Bolsonaro, Mourão, os golpistas e empresários capitalistas. A UNE chamou um dia de mobilização no dia 29, que não vem sendo construído desde as bases. Nos lugares onde estão acontecendo assembleias elas basicamente funcionam como lives burocráticas, em que os estudantes não tem voz. É necessário romper com essa política e preparar pela base esse dia. Por isso chamamos a oposição de esquerda, que dirige importantes entidades do país como o DCE da UFRJ, UFMG, UFRN e UFRGS a dar exemplo e não seguir essa lógica burocrática, construindo a mobilização desde a base nas universidades e cursos que dirigem.

A UNE, maior entidade estudantil do país, dirigida majoritariamente pelo PT, PCdoB e Levante Popular, deveria se colocar a serviço de organizar o conjunto dos estudantes pela base ao lado dos trabalhadores contra os cortes, ataques, a pandemia, fome e o desemprego, e também contra Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas. Mas na realidade, o “Fora Bolsonaro”, por fora de batalhar contra o conjunto dos atores do regime político, acaba sendo uma política bastante funcional a esse regime golpista, apostando suas cartas no impeachment, que levaria nada menos que o saudosista da ditadura militar General Mourão ao poder, e também nas eleições de 2022, o que é uma ilusão. Esta linha política é seguida pelo conjunto da Oposição de Esquerda, composta por organizações do PSOL, PCB e UP, e batalhamos para que a revejam e possamos construir um polo anti-burocrático conjuntamente. Para nós da Faísca, a única forma de apresentar uma saída mais de fundo para as nossas demandas é se enfrentando com o conjunto das instituições desse regime político, que quando querem se unificam para nos atacar. Por isso defendemos uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que seja imposta pela nossa luta e que possa transformar as regras do jogo e não apenas substituir os jogadores. Numa Assembleia Constituinte como essa, poderíamos batalhar para revogação do conjunto das reformas que destroem o nosso futuro e colocar um basta nos cortes na educação através da revogação da Lei do teto de gastos.

Nós da Faísca acreditamos que precisamos construir uma saída alternativa independente frente à realidade nacional de ataques que acontecem agora e que continuarão. A saída contra os cortes e todos os ataques só virá com a força da nossa mobilização independente, unindo e articulando os estudantes das universidades federais, e todas as lutas em curso no país, juventude com os trabalhadores, mulheres, negros e lgbts, tomando massivamente as ruas, nos inspirando no processo revolucionário protagonizado pelos trabalhadores e estudantes franceses em maio de 1968, que neste mês completa 53 anos. Nos inspirando, também, na juventude colombiana em luta agora contra o aliado de Bolsonaro, Iván Duque, e na resistência do povo palestino. Cada luta internacional em que os trabalhadores e a juventude se colocam em luta contra esse sistema de miséria deve ser e é um ponto de apoio para que aqui no Brasil possamos transformar nossa dor e ódio em luta e organização.

Defendemos o não pagamento da dívida pública fraudulenta que toma anualmente bilhões do orçamento público e a urgente revogação de todos os cortes e da EC 95 (Teto dos Gastos)! Isso só será possível com a nossa luta e mobilização para impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, para varrer o regime do golpe, revogar todas as reformas anti-operárias aprovadas e atacar os lucros capitalistas, e para que pela primeira vez sejamos nós quem decida os rumos do país.

Acreditamos que frente a isso precisamos erguer nacionalmente uma juventude marxista e revolucionária que batalhe pela auto organização dos estudantes, desde a base, juntos aos trabalhadores e por uma saída política que se enfrente com Bolsonaro, militares e o conjunto do regime do golpe institucional sucumbido aos interesses dos lucros capitalistas. A luta dos metroviários de São Paulo em greve hoje é um forte ponto de apoio para as lutas dos trabalhadores e estudantes a nível nacional. Historicamente todas as crises mais profundas gestaram também profundos processos de luta de classes, como mostram os exemplos internacionais, e é preciso desde já nos organizar e preparar estes momentos em nosso país, com negros, mulheres, LGBTs e todos os oprimidos à frente.

Por isso, fazemos um convite a debater conosco todes que se revoltam com esse sistema de miséria e que anseiam uma vida liberta de todo tipo de exploração e opressão. Participe da plenária nacional aberta da Faísca e do Pão e Rosas: “Abaixo os cortes! Fora Bolsonaro, Mourão e golpistas! Que os capitalistas paguem pela crise!”, neste domingo, 23/05, às 16h. Inscrições podem ser feitas aqui.




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