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TRIBUNA ABERTA | A mídia criminaliza o Cairú, mas o problema da segurança nas escolas é culpa do Estado

Na última semana uma agressão a um funcionário do Colégio estadual Visconde de Cairú, no Méier, chocou os estudantes e professores causando a paralisação das aulas. O problema da segurança que foi uma pauta da ocupação de 2016 já se tornou antigo e seu culpado é o estado.

quinta-feira 21 de junho de 2018 | Edição do dia

Na último quarta-feira (20/06) um funcionário do Colégio Estadual Visconde de Cairu foi agredido após perceber e abordar um rapaz que supostamente não estudava lá, após a agressão o funcionário, que trabalha na biblioteca do colégio, passou mal e foi levado ao hospital. No mesmo dia explodiram bombas dentro de uma sala durante uma aula, causando grande transtorno e o cancelamento das aulas no dia. Suspeita-se que o mesmo rapaz que agrediu o funcionário tenha sido responsável por explodir as bombas causadoras do tal transtorno.

Mais que nunca é importante salientar que o Colégio sofre à alguns anos com a negligência da SEEDUC e o sucateamento por parte do Governo do Estado.

O Governo Estadual segue os passos da política golpista de cortes do Governo Federal, com isso coloca em risco vida de milhares de jovens e funcionários que já algum tempo reivindicam a presença de porteiros para controle da entrada e saída de pessoas. A questão da segurança em colégios como o Visconde de Cairú são pautas antigas que se intensificaram com o movimento das ocupações das escolas públicas em 2016 que mobilizaram milhares alunos por todo o país. Não podemos permitir que esses desmontes da educação continuem afastando jovens do direito ao ensino de qualidade e colocando vidas em risco, o legado de lutas como as ocupações não serão apagado.

Há uma seletividade do estado burguês quando se trata das ações de segurança, uma seletividade baseada totalmente nos interesses das classes favorecidas e não no bem estar e segurança de alunos do ensino estadual que são majoritariamente negros e periféricos, assim como todos e todas as terceirizadas que fazem parte de outro setor explorado e oprimido que tem sofrido já algum tempo com o atraso ou não pagamento de seus salários.

A solução não é a PM nas escolas (como antes aconteceu em uma investida comandada pelo batalhão da região supostamente em busca de drogas) alimentando o caráter opressor e violento que é construído na relação das instituições de ensino público para com os alunos. Caráter esse que existe não apenas por uma ausência do estado mas principalmente por uma ação dele contra a educação pública gratuita.

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Toda resposta obtida quando reivindicamos direitos básicos como a saúde e educação é baseada em culpar uma crise que é proveniente das ações da burguesia. Uma burguesia que trata como resposta ao cenário que eles mesmos criaram o pagamento de uma dívida que eles mesmos se afundaram.

Pezão assim como Temer e seu congresso golpista sem o menor pudor são favorecidos pela absurda ideia propagandeada pelos meios midiáticos burgueses de que a Lei de Responsabilidade Fiscal, que foi usada de base para congelar e enxugar os recursos públicos com o pacote de maldades são medidas contra a crise, mas no fim das contas são formas de legitimar a arbitrária pressão para que os trabalhadores paguem por uma dívida sem fim.

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Hoje alegam que a única saída é a classe trabalhadora e seus filhos que massivamente dependem da educação pública pagarem pela dívida dos capitalistas. Não ao pagamento da Dívida Pública, não ao roubo de direitos da classe trabalhadora!




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