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O ritmo de produção na fábrica corrói aos poucos o corpo saudável de qualquer trabalhador.

sexta-feira 5 de janeiro de 2018 | Edição do dia

O lugar em que é extraída da maneira mais intensa a chamada mais-valia, que é o trabalho não pago aos trabalhadores pelo que foi produzido. Lá, o operário muitas vezes parece não ter vez. Parece, pois na prática ali também está tudo sendo produzido pelos operários. Mas a produção não para. O trabalhador também não.

E final de ano se torna ainda mais desgastante. As férias merecidas de uma parcela dos trabalhadores, poucos que conseguem bater as férias com o final de ano, não deixa de ser usada pelos empresários para superexplorar. Claro que a empresa não vai contratar toda a mão de obra que precisaria para não sobrecarregar um trabalhador que passa a fazer o trabalho de outros três. Claro, dizem os capitalistas.

O capitalista não quer saber, muito menos, da saúde da peãozada. As jornadas estafantes. Trabalhadores chegando a trabalhar doze horas diárias desde que foi aprovada a reforma trabalhista.

Mas a fábrica não para. As jornadas noturnas que são desde sempre um fator de adoecimento, angústia, depressão. O sindicalismo de base da Argentina por exemplo já conquistou pelas comissões de fábrica que esse trabalho seja, no mínimo, mais regularizado em.algumas empresas. Para que o trabalhador não tenha seu corpo esfacelado aos poucos produzindo alimentos, ou peças, ou vestimentas, ou todo tipo de produto que possamos imaginar.

Os relatos são cruéis. Todo mês recebemos no Esquerda Diario denúncias operárias que relatam o cansaço, a fadiga, a vista embaçada, o intestino preso, a falta de ar, a palpitação errada do coração. Seja pelo aumento do trabalho em horas extra, seja pela mudança dos horários de trabalho para melhor atender aos interesses da patronal.

É essa a realidade que a reforma trabalhista quer intensificar em cada fábrica. Não podemos permitir.




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