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COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA | 7 pontos da trajetória reacionária de Bia Kicis, bolsonarista que comandará a CCJ

Currículo impecavelmente golpista, conservador, reacionário e autoritário. Conheça 7 pontos da podre trajetória da procuradora aposentada que assumirá a CCJ.

Mateus CastorCientista Social (USP), professor e estudante de História

quarta-feira 3 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

A deputada é filiada ao PSL, segunda maior bancada do congresso, mas que é dividida em duas alas após disputas internas entre Bolsonaro e Luciano Bivar, que resultaram na saída do ex-capitão no final de 2019.

As negociações entre o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o PSL para sua candidatura, se pautavam sobretudo na distribuição de cargos: as duas alas do partido chegaram ao acordo de que a primeira-secretaria ficaria nas mãos de Bivar, e a Comissão de Constituição e Justiça sob a liderança da bolsonarista Bia Kicis.

Com currículo impecavelmente golpista, conservador, reacionário e autoritário, conheça 7 pontos da trajetória da procuradora aposentada.

1. Fruto podre do golpe institucional

A procuradora aposentada de Brasília acendeu na política durante o golpe institucional de 2016, quando Globo, Lava-Jato, STF e uma série de atores políticos execráveis unificaram-se pelo impeachment e sua agenda de intensificação dos ataques contra o povo trabalhador. Sua agenda é aquela que foi levantada por toda direita conservadora que hoje tenta se colocar como oposição ao governo que ajudaram a eleger: conservadorismo, “contra a corrupção”, etc.

2. Negacionista da pandemia e aliada de primeira ordem de Bolsonaro

Kicis demonstra sua fiel subordinação à Bolsonaro ao colocar-se ao lado do presidente em suas políticas e declarações mais escandalosas. A deputada compartilhar a leitura conspiracionista e xenófoba de que a Covid-19 é o “vírus chinês”; quando o Brasil alcançava os número de 20 mil mortos em maio do ano passado, a deputado apareceu em plenário da Câmara com uma máscara estampada com a frase de Bolsonaro “e daí?” quando destratou das vítimas da pandemia; em janeiro, a deputada gravou um vídeo no qual “ensina” como burlar o uso de máscaras.

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

3. Defensora do Escola Sem Partido

A deputada é junto a Kim Kataguiri uma das grandes defensoras do projeto “Escola Sem Partido” que previa uma série de medidas autoritárias de perseguição política de professores e alunos. Entre as quais a proibição de atividades político-partidárias dos grêmios estudantis e um centro de reclamações para fiscalizar o cumprimento da lei, com a defesa de que vídeos de professores fossem gravados por alunos como um dos métodos de censura e perseguição de professores.

4. Criminalização do comunismo

A procuradora aposentada é uma confessa inimiga dos trabalhadores e da libertação de todos os explorados e oprimidos. Como representante de uma das alas mais autoritárias e violentas da direita, defende que o comunismo deveria ser proibido. A deputada deseja reprimir, perseguir e prender qualquer opositor de esquerda com esta medida, incluindo aqueles que reivindicam a bandeira do comunismo de fato.

5. Declarações racistas e propostas transfóbicas

Bia Kicis é autora de uma postagem racista que é alvo de investigação do STF. Após editar fotos de Moro e Mandetta com a prática do “blackface”, a deputada tentou relacionar os ex-bolsonaristas que haviam saído do governo recentemente, com as vagas de emprego para pessoas negras que haviam sido abertas pela Magazine Luiza. A Deputada também é autora de um projeto que visa proibir a participação de mulheres trans em competições esportivas no Brasil.

6. Uma das articuladoras dos esquemas de fake-news

A deputada é investigada por Fake-News pelo Supremo Tribunal. Ela participou intensamente da campanha recheada de notícias falsas que foram uma das armas do bolsonarismo para chegar ao poder, além da ajuda do próprio STF ao impedir que Lula, candidato com mais intenções de votos, disputasse as eleições. Segundo o inquérito, Bia Kicis é acusada de gastar dinheiro da cota parlamentar para propagar as mensagens sobre as manifestações.

7. Defensora do voto impresso

Assim como Bolsonaro, Bia Kicis defende a mudança para o voto impresso e é autora de um dos projetos por essa mudança. Usando a falta de legitimidade do regime golpista na população, questionam a veracidade e confiança no atual mecanismo de contagem de votos baseado na urna eletrônica, uma das principais bandeiras na campanha bolsonarista de 2018. Uma verdadeira desculpa para justificar intentos autoritários no futuro criando uma conspiração constante de fraude no atual sistema eleitoral.




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